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Hora do remédio

6 de agosto de 2012 comente


Geriatra ensina como administrar corretamente o uso de medicamentos

Um comprimido logo pela manhã, um depois do almoço e mais algumas pílulas ao longo do dia. Essa pode ser a realidade de muita gente que já passou dos 60. Porém, tomar muitas medicações ao mesmo tempo pode ser complicado. São vários horários e quantidades que podem ser trocados, afetando negativamente o tratamento, afirmam os especialistas.

Diabetes, colesterol alto e pressão arterial são doenças que exigem cuidados e, em geral, são tratados com a administração de remédios. Porém, a quantidade e os horários distintos podem causar confusão para quem faz uso desses medicamentos. De acordo com o geriatra Salo Buksman, a troca de medicações pode acontecer, principalmente quando são muitos. "É relativamente comum sim, ainda mais quando as pessoas tomam muitos remédios. Quanto maior a lista, mais fácil é a troca deles".

Ele cita que existem vários erros comuns cometidos pelos pacientes que fazem uso de medicamentos, mas o mais comum é a hora certa de tomar a dose recomendada pelo médico. "O erro mais comum é a omissão da dose, ou seja, os pacientes não tomam na hora que têm que tomar. Além disso, muitos trocam um medicamento pelo outro. Isso é menos comum, mas acontece. Há ainda aqueles que erram o horário, ou seja, o remédio que é para ser tomado em jejum acaba sendo ingerido depois da refeição".

As pessoas que fazem uso de muitos medicamentos devem ter cuidado para não trocá-los. O médico explica que tomar remédios errados pode ter efeitos negativos e até mesmo perigosos. "Você pode deixar de tomar na hora e essa omissão pode ter uma consequência indesejada. Além disso, os remédios quando tomados em uma dose excessiva podem provocar efeitos colaterais que normalmente não existem." – diz o geriatra, que completa dizendo: "Na maior parte das vezes, basta consultar o médico para analisar a possível consequência disso".

Mas quem pensa que esses cuidados valem apenas para idosos, porque acreditam que eles tomem mais remédios, está enganado. Buksman esclarece que não é porque a pessoa vai ficando mais velha que a quantidade de remédios aumenta. Há pessoas de outras faixas etárias que também precisam tomar muitas medicações. "Não existe uma faixa etária, porque, na verdade, o envelhecimento não implica que a pessoa vai ficar doente. Existem pessoas jovens que podem precisar de muitos remédios, e outros pacientes idosos que tomam pouquíssimos remédios".

Buksman dá dicas para quem toma muitas medicações. "Às vezes, a pessoa frequenta muitos médicos. O ideal é ela centralizar. Cada um passa dois, três remédios. Isso não aconteceria se o paciente concentrasse a atenção em um médico somente, no caso dos idosos, o geriatra. É ele que resolve a grande maioria dos problemas. No caso do surgimento de alguma enfermidade específica, que necessite de um parecer, o geriatra vai orientar à procura de um especialista. Além disso, o esquema do horário de medicamentos deve ser impresso em letras grandes e legíveis, e ser afixado em um local bem visível. Geralmente, na cozinha ou no quarto, lugares onde eles costumam ser ingeridos. Os pacientes também não devem guardar de memória o horário e nem anotá-los nas caixinhas, porque podem se perder." – orienta o médico, que alerta: "Em primeiro lugar, as pessoas não devem tomar remédio por conta própria, mesmo que a medicação pareça ser simples".

Quem precisa comprar medicamentos mais baratos pode consultar o programa Farmácia Popular do Brasil, criado pelo Governo Federal, cujo objetivo é aumentar o acesso a remédios para doenças mais comuns.  Nela, se encontram medicamentos para diversas doenças, como pressão alta e diabetes, por exemplo. Confira a lista, clique aqui.


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