1.o Colocado "LONGEVIDADE HISTÓRIAS DE VIDA BRADESCO SEGUROS" 2012

Férias com idosos (parte 2 de 2)

8 de dezembro de 2011 2 comentários
A histórinha do post anterior é fictícia, porém comum em diversas famílias.
Nesse post vou falar de procedimentos reais nas  viagens dos meus pais.
Ele 81 Ela 90.
Julho de 2011
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Notícia da viagem

Deixamos para comentar com a mamãe sobre viagem basicamente na véspera, para evitarmos a inevitável ansiedade, perguntas repetitivas mais do que o normal e insônia.

Mala


Eu arrumo a mala dela e não deixo a vista, se deixarmos a vista, ela desfaz e coloca coisas desnecessárias, quase no horário da viagem, eu abro a mala e mostro o que tem dentro, e atendo alguns desejos dela de outras peças, aí fecho e a mala só será aberta no destino. Medicamentos,documentos, aferidor de glicose e de Pressão Arterial, vão na mala de mão do meu pai.

Atualmente, eles fazem viagens curtas e de avião. 


  1. Compramos as passagens com antecedência para garantir assento próximo ao banheiro, e já peço atendimento prioritário
  2. Check-in em balcão especial para: idosos, gestantes, portadores de necessidades especiais, e pessoas com crianças no colo.
  3. Entro eu na fila do check-in, e tento colocá-la sentada, o que hoje é quase impossível, porque não há cadeiras nos saguões dos aeroportos, se a fila é grande, peço uma cadeira de rodas, para que ela fique confortável.
  4. Acompanhante no portão de embarque
  5. Se houver troca de portão, eles também terão acompanhante e transporte caso tenham que ir até a aeronave.
  6. Coloco na bolsa, algumas barrinhas de cereais, e biscoito, tipo club social, ela é portadora de diabetes e não deve ficar muito tempo sem comer
  7. Evitamos bagagem de mão, salvo a bolsa de documentos e carteira.
  8. Cabe ao meu pai, a responsabilidade dos tickets de bagagem e bilhetes, documento e passagens.
No embarque, eles embarcam primeiro e no desembarque por último,eles telefonam imediatamente após chegarem ao destino, e as vezes ligam quando já estão na aeronave antes do embarque.
 Dicas gerais:

  1. Na fase inicial e no começo da fase intermediária, viajar com idoso portador de Alzheimer pode ser uma situação comum, para a maioria das famílias. À medida que a doença avança, as famílias encontrarão cada vez mais dificuldades em sair de férias ou realizar viagens, até mesmo corriqueiras e rápidas.
  2. Nunca fale para o portador sobre o passeio ou a viagem que fará, com muita antecedência. Não o deixe ansioso e confuso em relação ao dia do evento. Procure falar somente na véspera ou algumas horas antes.
  3. Nunca faça viagens longas e cansativas. Lembre-se de que sair da rotina da casa pode ser danoso para o idoso portador.
  4. Esta dica é para a família: nunca pense que viajar com o idoso portador seja realmente férias. Talvez tenha muito mais trabalho e viajar seja até mais cansativo que cuidar em casa. Se a família quiser realmente descansar e passear, considere não levar o idoso junto, deixando-o aos cuidados de outros familiares (todos precisam ajudar!), deixando-o com cuidadores de confiança em sua própria casa ou deixando-o, pelo tempo da viagem, em uma casa de repouso de bom padrão.
  5. Tenha sempre em mente um plano B. Se o idoso ficar confuso e agitado, durante o passeio ou viagem, cancele o plano inicial e volte com o idoso para casa. Isso pode ser feito pelo cuidador familiar principal, por outro familiar escalado para tal função ou pelo cuidador responsável pelo idoso.
  6. Levar um cuidador profissional do mesmo sexo que o idoso pode ser de grande ajuda, principalmente se os familiares forem só do sexo oposto. Exemplo: filhas que levam o pai na viagem. Imaginem se o idoso precisar ir ao banheiro de um avião, de um ônibus ou um banheiro público?
  7. Nunca se esquecer de levar a receita com todos os medicamentos, ter sempre o cartão de saúde do convênio e, de antemão, saber os locais de serviços médicos de emergência, caso o idoso necessite.

 Sinta-se em casa e deixe seu comentário.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é... não sei como fazer para embarcar a minha sogra em um avião. Ela tem pavor, apesar de nunca ter viajado. Ela mora sozinha em outro Estado e foi diagnosticado que sofre de Alzheimer. Precisamos trazê-la para tratá-la onde vivemos (ela está em Pernambuco, nós em SP).
Como fazer isto ? Não quer viajar de avião, não quer viajar de ônibus. Sabemos que não pode ficar sozinha e não podemos largar casa, trabalho, etc e nos mudarmos para a cidade dela e "arriscarmos" um emprego por lá.
Alguma sugestão além de "rezar" ?
Grato.

Silvia Masc disse...

Olá, realmente você tem uma situação complicada, creio que a melhor opção seria você consultar o médico que trata ou o que diagnosticou a DA (doença de Alzheimer) e ele te oriente, até com a possibilidade de ministrar alguma medicação para que a relaxe. Mas, alerto que isso não pode ser feito sem orientação médica. Um grande abraço e desejo que isso se resolva da melhor forma possível.